Freguesia
Esta freguesia bracarense, tem como vizinhas S. Vítor (a leste), Palmeira (a nordeste), Dume (a noroeste), Sé (a ocidente) e S. João do Souto e S. José de S. Lázaro (ambas a sul).
São Vicente só subiu ao posto de freguesia em 6 de Dezembro de 1933. Juntava-se, então, à numerosa família territorial que compõe o concelho de Braga, ou seja, é uma das suas 62 freguesias.
Urbana, juntamente com outras oito freguesias, S. Vicente é forte em comércio e serviços e rica em registos que dão respeitável antiguidade, pese embora só tenha visto a restauração da sua paróquia em 1926.
Com quase dezasseis mil almas, a freguesia de S. Vicente, que ocupa 142 hectares, tem a maioria da sua população espalhada por bairros e lugares: Misericórdia, Nossa Senhora do Monte, Andorinhas e Quinta das Fontainhas, Boavista, Confeiteira e S. Romão.
História
As raízes de S. Vicente são tão desconhecidas como as do concelho de que, urbanamente, faz parte. E ninguém tem respostas sobre as origens e os primeiros povos que povoaram Braga, cuja história é bimilenária, mas recheada de lendas que a ausência de documentação forte sustenta.
A pedra que hoje encontramos embutida na parede da sacristia da igreja é a única prova de que tal templo existiu.
Foi em 1565 que a igreja paroquial foi reedificada, passando a filial da Santa Igreja de Roma em 1598 e ganhando respectivos privilégios. Em 1691, a igreja paroquial foi objecto de restauro e hoje pode admirar-se a sua frontaria barroca, que contém um exuberante trabalho de cantaria e onde se pode ver uma imagem do padroeiro.
Segundo dados documentais, a história do concelho bracarense só se pode fazer, em consciência, a partir da dominação romana. Graças ao geógrafo Cláudio Ptolomeu pode ter-se como referência certa que, quando as legiões romanas "avassalaram a Península, vieram encontrar em Braga uns povos a quem denominaram de Bracaros". "Povo heróico e valente, sediados nos cimos dos montes, nos castros, depressa desceram dos píncaros e assimilaram nova civilização trazida pelos romanos. E de tal modo assimilaram que, quando César Augusto, os pacificou - 45 anos aC - lhes concedeu prerrogativas especiais, considerando-os, tais como os cidadãos de Roma e à cidade deu o título de Bracara Augusta", lê-se em documentos oficiais.